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AS INCRÍVEIS AVENTURAS DE BUCK, O CÃO-HERÓI CAPÍTULO 1

  • 10 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de mai. de 2023


A chegada

Havia um clima de incontida ansiedade reinando. Mãe, pai, quatro filhos se entreolhando e tecendo poucos comentários sobre aquela demora. O mês de novembro proporcionava pores do sol policromáticos, e havia acabado de acontecer um, visto pela família na janela à espera. Eis que toca o interfone:

- Estão esperando Sunshine?

- Sim, pode deixar subir.

Estava chegando a hora. Como moramos no décimo-sexto andar, uma gigantesca espera de mais dois minutos se arrastou até que tocou a campainha do apartamento. A família se espremia no corredor e qual uma onda que não respeita a areia o pai se esquiva, dá uma leve empurradinha na filha, fica com meio-corpo à frente da linha de frente do corredor – duas filhas e um filho – e abre a porta.

Nada seria igual daí para frente.

Havia chegado o Buck, um filhotinho de Golden Retriever com dois meses, radiante, cheiroso, com seu pelo dourado brilhando e a carinha mais fofa de todos os tempos. E o primeiro da família a pegá-lo foi o pai, numa manobra inaudita. Em seus recônditos, ele tinha uma convicção de que o primeiro a pegar o cãozinho seria deste o preferido. Teoria altamente contestável e sem nenhuma prova, foi, no fundo, isso que o levou àquela artimanha familiar.

Ter aquela bolinha peluda e quentinha nos braços foi uma torrente de boa energia, pois aquele bichinho tinha vindo para ficar. Para aplacar a ira dos que ficaram para trás, o pai logo passou-o para a filha (que havia sido levemente empurrada), que desfez imediatamente a cara espantada e abriu um sorriso galáctico. Cada um o pegou um pouquinho, e ele certamente sentiu que seria amado ali naquela casa.

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